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Foto do escritorDr. Anderson Zenidarci

Estabilidade ou Frustração na Meia idade


Ainda na análise psicossomática da meia idade, aos 50 anos surge o estágio da integridade do Ego (fruto de realizações) ou, inversamente, do desespero (fruto de frustrações). Muitos descontentes se permitem retomar planos ou construir novos caminhos para sua vida.

Os adultos se adaptam ao envelhecimento de forma relativa ao estilo de vida e, com a resolução das crises anteriores. Alguns indivíduos experimentam um envelhecimento físico acentuado bastante cedo na vida, enquanto para outros isso só é perceptível muito mais tarde.

Para alguns adultos, a adaptação ao envelhecer não é inteiramente bem sucedida, e isso pode resultar em insatisfação, depressão e psicossomatização.

O envelhecimento pode ser inevitável, mas atualmente, muitos agem de maneira diferente do que seus pais quando tinham a mesma idade.

Então os 50 anos de antes seriam os novos 40? Parece que sim.

Com o aumento da expectativa de vida, as pessoas têm mais anos para viver e esse alongar da existência exige melhor prevenção e planejamento do envelhecimento. Estamos nos comportando como se fossemos mais jovens, também pelo fato de termos mais anos para viver.

Entre os 65 e 70 anos surge um movimento interno importante, é um processo introspectivo de avaliação da própria vida. O resultado e a aceitação (ou não) do que a pessoa fez e foi, para aquilo em que agora faz e se transformou.

 Entram aqui aspectos de produtividade, circulação e importancia social, como tambem da trasformação corporal sofrida no decorrer dos anos.

Existem dois grupos distintos em relação a isso, segundo pesquiza realizada em 2015, entre medicos do estado de São Paulo especialistas em geriatria, sobre seus pacientes. 

Para uma maioria (56%) surge a sensação de que suas possibilidades já aconteceram.

Uma minoria (44%), porém cada vez mais crescente, e estima-se que se torne maioria em breve, existe muita vida e possibilidade pela frente.

Creio que a cada ano essa estatistica se altera para um numero maior de “otimistas” em relação ao seu futuro, visualizando possibilidades e realizações futuras.

Muito de nossas habilidades, nossa educação, nossas economias e o modo como lidamos com nossa saúde, depende bastante em quantos anos ainda temos para viver e como acreditamos que vamos ainda trilhar essa trajetória.

A dimensão de quantos anos temos para viver ainda estava sendo completamente ignorada nas discussões de envelhecimento até agora, mas com o novo modelo pautado em qualidade de vida, esse comportamento tem mudado. O envelhecimento não é mais considerado um estágio de fim da vida, mas sim a verdadeira melhor idade. 





Anderson Zenidarci


Psicólogo Clínico, Mestre em Psicologia da Saúde, Coordenador e Professor de Pós-Graduação em Psicossomática e Transtornos e Patologias Psíquicas, Supervisor Clinico, Pesquisador, Colunista da revista Psique: Ciência e Vida, Autor de dois livros sobre psicologia: 99 Procedimentos facilitadores em processos psicoterápicos e Adoeci! Por quê? 

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