A cada dia mais se reconhece a importância dos profissionais da área da saúde que atuam em comunidades carentes, esse reconhecimento não é só da população, mas de todos os profissionais conscientes atuantes direta, ou indiretamente, com essas comunidades e/ou com a área da saúde em geral. Estes profissionais que atuam em comunidades assumem um papel cada vez mais decisivo no que se refere à identificação das necessidades de cuidado da população, bem como na promoção e proteção da saúde dos indivíduos em suas diferentes dimensões. Forman um componente fundamental no sistema de saúde local, que apresenta os seus reflexos a nível regional e nacional.
A interligação e complementação dos profissionais da equipe multiprofissional e multidisciplinar abrangem o cuidado integral e integrador em saúde, tanto no sentido de assistir e coordenar as práticas de cuidado, quanto no sentido de promover e proteger a saúde dos indivíduos, famílias e comunidades. Nessa direção, configura-se como prática social empreendedora, pela inclusão ativa e proativa nos diferentes espaços de atuação profissional e, principalmente, pelas possibilidades interativas e associativas com os diferentes setores e contextos sociais. O profissional da área da saúde é um cuidador, mas quem cuida do cuidador? Não raro identificarmos esse profissional sobrecarregado, estressado e até frustrado. Em alguns casos enfrenta uma realidade profissional complexa, onde a população, além dos problemas de saúde enfrenta o problema da violência territorial, e ele também recebe e lida essa carga sociocultural. Esses temas estão sendo cada vez mais pensados e discutidos, e existe uma preocupação: cuidar do cuidador, que está cada vez mais adoecido.
Neste tema podemos pensar em dois núcleos distintos: os leigos que cuidam (família, amigos) e os técnicos da saúde (profissionais). Em ambos os casos essas pessoas precisam de atenção e cuidados, pois o desgaste é muito grande. A atuação com esta grande população de cuidadores é essencial para que não adoeçam física e/ou psicologicamente devido ao desgaste que a função necessita.
Anderson Zenidarci
Psicólogo Clínico, Mestre em Psicologia da Saúde, Coordenador e Professor de Pós-Graduação em Psicossomática e Transtornos e Patologias Psíquicas, Supervisor Clinico, Pesquisador, Colunista da revista Psique: Ciência e Vida, Autor de dois livros sobre psicologia: 99 Procedimentos facilitadores em processos psicoterápicos e Adoeci! Por quê?
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